Em aula hoje me vi diante de uma grande realidade. O homem cria as máquinas a sua semelhança. E essas máquinas possuem uma vida útil programada, tendo um curto tempo para ser utilizado, estragando logo ou sendo trocado por algo que seja mais moderno, mais bonito, mais atraente. Assim fomos criados, programados a julgar as pessoas pelo seu status, posse, beleza ou idade. Se uma pessoa não possui um celular ultramoderno, ou se não anda com as roupas da moda, se já passou dos trinta e poucos anos, ou não se encaixa dentro dos ditos padrões de beleza, sexualidade ou raça é julgado como não tendo valor. Tudo que está fora dos "Padrões" que ditam a sociedade não presta, assim como uma maquina velha que deve ser jogada fora, descartada.
Mas que vil sociedade é essa que julga pela embalagem sem se importar com o produto?
Onde foi que perdemos os valores éticos e morais, onde construir, colaborar, comunicar, unir e amar eram os valores mais fortes. Onde ser honesto e digno era a assinatura mais forte que um homem carregava, e onde só um aperto de mão com uma jura olho no olho valia mais que um mero papel escrito.
O mundo se perdeu na ganancia e na arrogância desmedida, onde ter vale mais que ser.
Quando perceberemos que para sermos felizes basta amar e respeitar não só ao próximo, mas a nós mesmo e o ambiente em que vivemos e com quem convivemos!
Nina Rosa
Porque quando me vejo no espelho não enxergo meu reflexo?
Toda vez que o olho vejo uma velha senhora de uns sessenta e poucos anos com o rosto endurecido de tristeza e solidão.
Não consigo ver em meus olhos nenhum brilho, nenhuma ternura
E apesar de ainda ter trinta e poucos anos me sinto envelhecida e sem vigor
Ultimamente a vida está sem sabor, sem perfume e sem beleza
Na mesmice de mim mesma não consigo achar graça no que está ao redor
e percebo que aquela imagem da senhora que vejo
é na verdade minh'alma que a cada dia que se passa
se envelhece e se acaba
nessa triste e constante solidão por estar prisioneira de mim!
