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segunda-feira, 29 de março de 2010

Faz tanto tempo...

Faz tanto tempo que não faço planos
Faz tanto tempo que não sonho
Faz tanto tempo que não  devaneio em acontecimentos malucos
Onde a imaginação declara o total delírio de ser jovem
A tanto tempo não cuido do meu intimo
A tanto tempo não faço previsões para meu futuro
E percebendo isso é que me pergunto
Será que estaguinei no tempo e no espaço
Será que perdi a essência da minha criança interior
Onde as brincadeiras corriam soltas no fundo de meu âmago
Percebo a cada dia que a idade permissiva invade minha alma.
Trazendo as preocupações e os rancores do dia a dia
Cada vez mais forte e mais continuo
Transformando meu ser jovem de trinta anos
Em uma mente de um ancião rabugento no auge sua senilidade
Torço todos os dias, o minutos e os segundos para essa insegurança acabar
Pois percebo que meu tempo se esgota a cada segundo
E que a cada dia meu tempo se esvai.

Nina Rosa

 

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