Primavera de amor
"... É o meu amado:
eis que ele vem saltando pelos montes,
transpondo as colinas.
O meu amado parece uma gazela,
uma cria de gamo,
parado atrás de nossa parede,
espiando pelas janelas,
espreitando através das grades..."
"-...Levanta-te, minha amiga,
minha formosa, e vem!
Eis que o inverno já passou,
cessaram as chuvas e se foram.
No campo aparecem as flores,
chegou o tempo da poda,
a rolinha já faz ouvir
seu arrulho em nossa região.
Da figueira brotam os primeiros figos,
exalam perfume as videiras em flor.
Levanta-te, minha amiga,
minha formosa, e vem!
Pomba minha, nas fendas da rocha,
no esconderijo escarpado,
mostra-me teu semblante, deixa-me ouvir tua voz!
Porque tua voz é doce, e gracioso o teu semblante..."
Apelo da amada
"-...O meu amado é todo meu, e eu sou dele.
Ele é um pastor entre lírios.
Antes que expire o dia e cresçam as sombras,
volta, meu amado,
– imitando a gazela ou sua cria –,
para os montes escarpados!..."
"... Em meu leito, durante a noite,
busquei o amor de minha alma:
procurei, mas não o encontrei.
Hei de levantar-me e percorrer a cidade,
as ruas e praças,
procurando o amor de minha alma:
Procurei, mas não o encontrei.
Encontraram-me os guardas que faziam a ronda pela cidade.
Vistes o amor de minha alma?
Apenas passara por eles,
encontrei o amor de minha alma:
agarrei-me a ele e não o soltarei
até trazê-lo à casa de minha mãe,
à alcova daquela que me concebeu..."
Descrição da amada
"...Como és formosa, minha amada!
como és formosa,
com teus olhos de pomba,
na transparência do véu!
Teus cabelos são como um rebanho de cabras,
esparramando-se pelas encostas do monte Galaad.
Teus dentes são como um rebanho de ovelhas tosquiadas,
recém-saídas do lavadouro:
cada um com seu par, sem perda alguma.
Teus lábios são fitas de púrpura,de fala maviosa.
Tuas faces são metades de romã,
na transparência do véu.
Teu pescoço é como a torre de Davi,
construída com parapeitos,
da qual pendem mil escudos
e armaduras de todos os heróis.
Teus seios são como duas crias,
gêmeos de gazela, pastando entre lírios...
És toda formosa, minha amada,
e em ti não se encontra defeito algum...
Arrebataste-me o coração, minha irmã e minha noiva,
arrebataste-me o coração com um só de teus olhares,
com uma só jóia de teu colar.
Como são ternos teus carinhos,
minha irmã e minha noiva!
Tuas carícias são mais deliciosas que o vinho;
teus perfumes, mais aromáticos
que todos os bálsamos.
Teus lábios, minha noiva, destilam néctar;
em tua língua há mel e leite.
Tuas vestes têm a fragrância do Líbano..."
Descrição do amado
"... O que distingue dos outros o teu amado,
ó mais bela entre as mulheres?
O que distingue dos outros o teu amado,
para que assim nos conjures?
O meu amado é branco e corado,
inconfundível entre milhares:
Sua cabeça é ouro puro,
a cabeleira é como leques de palmeira,
é negra como o corvo.
Seus olhos são pombos,
junto aos cursos de água,
banhando-se em leite,
detendo-se no remanso.
Suas faces são canteiros de bálsamos,
tufos de ervas aromáticas.
Seus lábios são como lírios,
a destilar um fluido de mirra.
Suas mãos são braceletes de ouro,
guarnecidas com pedras de Társis.
Seu corpo é marfim lavrado,recoberto de safiras.
Suas pernas são colunas de alabastro,
assentadas em bases de ouro.
Seu aspecto, como o Líbano, airoso como os cedros.
Sua boca é só doçura; todo ele, pura delícia.
Tal é o meu amado, assim é o meu amigo..."
"-...Eu sou do meu amado,
e ele arde em desejos por mim..."
"-...Eu sou da minha amada,
e ela arde em desejos por mim...."
"... É o meu amado:
eis que ele vem saltando pelos montes,
transpondo as colinas.
O meu amado parece uma gazela,
uma cria de gamo,
parado atrás de nossa parede,
espiando pelas janelas,
espreitando através das grades..."
"-...Levanta-te, minha amiga,
minha formosa, e vem!
Eis que o inverno já passou,
cessaram as chuvas e se foram.
No campo aparecem as flores,
chegou o tempo da poda,
a rolinha já faz ouvir
seu arrulho em nossa região.
Da figueira brotam os primeiros figos,
exalam perfume as videiras em flor.
Levanta-te, minha amiga,
minha formosa, e vem!
Pomba minha, nas fendas da rocha,
no esconderijo escarpado,
mostra-me teu semblante, deixa-me ouvir tua voz!
Porque tua voz é doce, e gracioso o teu semblante..."
Apelo da amada
"-...O meu amado é todo meu, e eu sou dele.
Ele é um pastor entre lírios.
Antes que expire o dia e cresçam as sombras,
volta, meu amado,
– imitando a gazela ou sua cria –,
para os montes escarpados!..."
"... Em meu leito, durante a noite,
busquei o amor de minha alma:
procurei, mas não o encontrei.
Hei de levantar-me e percorrer a cidade,
as ruas e praças,
procurando o amor de minha alma:
Procurei, mas não o encontrei.
Encontraram-me os guardas que faziam a ronda pela cidade.
Vistes o amor de minha alma?
Apenas passara por eles,
encontrei o amor de minha alma:
agarrei-me a ele e não o soltarei
até trazê-lo à casa de minha mãe,
à alcova daquela que me concebeu..."
Descrição da amada
"...Quem é esta que surge como a aurora,
bela como a luz, brilhante como o sol,
esplêndida como as constelações?..."
"...Como és formosa, minha amada!
como és formosa,
com teus olhos de pomba,
na transparência do véu!
Teus cabelos são como um rebanho de cabras,
esparramando-se pelas encostas do monte Galaad.
Teus dentes são como um rebanho de ovelhas tosquiadas,
recém-saídas do lavadouro:
cada um com seu par, sem perda alguma.
Teus lábios são fitas de púrpura,de fala maviosa.
Tuas faces são metades de romã,
na transparência do véu.
Teu pescoço é como a torre de Davi,
construída com parapeitos,
da qual pendem mil escudos
e armaduras de todos os heróis.
Teus seios são como duas crias,
gêmeos de gazela, pastando entre lírios...
És toda formosa, minha amada,
e em ti não se encontra defeito algum...
Arrebataste-me o coração, minha irmã e minha noiva,
arrebataste-me o coração com um só de teus olhares,
com uma só jóia de teu colar.
Como são ternos teus carinhos,
minha irmã e minha noiva!
Tuas carícias são mais deliciosas que o vinho;
teus perfumes, mais aromáticos
que todos os bálsamos.
Teus lábios, minha noiva, destilam néctar;
em tua língua há mel e leite.
Tuas vestes têm a fragrância do Líbano..."
Descrição do amado
"... O que distingue dos outros o teu amado,
ó mais bela entre as mulheres?
O que distingue dos outros o teu amado,
para que assim nos conjures?
O meu amado é branco e corado,
inconfundível entre milhares:
Sua cabeça é ouro puro,
a cabeleira é como leques de palmeira,
é negra como o corvo.
Seus olhos são pombos,
junto aos cursos de água,
banhando-se em leite,
detendo-se no remanso.
Suas faces são canteiros de bálsamos,
tufos de ervas aromáticas.
Seus lábios são como lírios,
a destilar um fluido de mirra.
Suas mãos são braceletes de ouro,
guarnecidas com pedras de Társis.
Seu corpo é marfim lavrado,recoberto de safiras.
Suas pernas são colunas de alabastro,
assentadas em bases de ouro.
Seu aspecto, como o Líbano, airoso como os cedros.
Sua boca é só doçura; todo ele, pura delícia.
Tal é o meu amado, assim é o meu amigo..."
"-...Eu sou do meu amado,
e ele arde em desejos por mim..."
"-...Eu sou da minha amada,
e ela arde em desejos por mim...."
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